segunda-feira, 22 de agosto de 2011

EXTRA! SINDJORCE MANTÉM DITADURA E NEM SABE DIZER POR QUÊ

Inacreditável, mas o peleguismo instalado no feudo do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Ceará, vulgo Sindjorce, consegue se superar a cada dia no (mau) trato que dá aos associados.

[Aqui vale a explicação para “associados”, que é, segundo o próprio Estatuto da entidade, lá no Art. 5º: A todo jornalista que exerça efetivamente a profissão e desde que satisfaça as exigências deste Estatuto e da Legislação vigente assiste o direito de ser admitido no Sindicato.]

Voltando ao (mau) trato. Duvidei 11 das 10 vezes que os colegas do #melhorasindjorce me contaram que o jornalista Marco da Escóssia não teve o direito de uma cópia da Ata de Assembleia Extraordinária realizada no dia 17 de junho.

Foi-lhe dado - gentilmente - o direito de ler em pé, na sede do sindicato. “Então vai lá, e tenta conseguir uma cópia!”, desafiou-me Joana Dutra. “Vou sim. Ora, participei da AGE, assinei a ata, sou adimplente, é o óbvio conseguir”, respondi.

Por volta das 16 horas do dia 29 de junho, estacionei meu carro em frente ao amado Sindjorce (sim, aquele mesmo que fica na rua Joaquim Sá, eu não me enganei de lugar), que, lamentavelmente, tomou forma de kremlin.

O pesado portão da entrada compete em horror com a campainha. Do lado de dentro, os passos carregados de quem mais parecia ser um mordomo de filme de vampiros abria a porta para mim, com um sorriso forçoso, atendia pelo nome Felipe Cavalcante. Mesmo sem ser convidado, entrei. Percebi o constrangimento, e fui direto ao assunto. Pedi a cópia da ata da AGE do dia 17 de junho. Felipe, que afirmou ser secretário do Sindjorce, tomando ainda mais forma de mordomo, falou de pronto:

- “A ata não pode ser dada, mas só pode ser lida aqui mesmo”.

- “Mas nem uma cópia? Eu sou jornalista associado, participei da Assembleia, do início ao fim”, insisti.

- “Nenhum documento de reunião interna pode sair daqui”, disse Felipe.

- “Inclusive a ata da Assembleia que eu participei? Isso é ordem de quem?”, questionei, ainda sem acreditar.

- “São normas...”, respondeu baixando os olhos e a voz, Felipe, o secretário com moldura de mordomo hollywoodyano.

- “Normas de quem?”, insisti na insistência.

-“É...”, e apontou para a direção das salas dos sovietes do Sindjorce.

Lamentável o ocorrido. Não tenho o direito de ter uma cópia da ata da Assembleia que eu presenciei. Esquece-se, entretanto, a atual gestão que toda diretoria é um mero plantão, que começa com data de vencimento definida.

Aos adeptos da ditadura, e aos colegas jornalistas esperançosos por verem um Sindjorce melhor, e ainda aos descrentes, reproduzo o Art. 3º do nosso Estatuto: São condições para o funcionamento do Sindicato a observância da Constituição Federal e da legislação vigente e a abstenção de qualquer propaganda de natureza político-partidária e religiosa.

3 comentários:

  1. Aí, Rodrigão!! Bem vindo aos blogueiros!!

    ResponderExcluir
  2. Rodrigo, deve haver uma insegurança muito grande nessa gestão... quem não pode tornar públicos os seus documentos tem algo a esconder. Que tristeza!!!

    ResponderExcluir